Trimuri e a Síndrome de Vishnu

Na religião hindu, existem os Vedas que são equivalentes a Bíblia dos cristãos. Segundo os Vedas todos os deuses são derivações de Brahma assim como a alma de todas as criaturas que há na terra. E dessa forma Brahma simboliza a criação e ao seu lado estão dois deuses, Shiva que simboliza a destruição e Vishnu que simboliza a preservação e a união desses três deuses é denominada Trimuri (Trindade). Vishnu que ocupa o segundo lugar dessa Trindade já desceu ao nosso mundo em diversas épocas de perigos sempre em encarnações diferentes e essas encarnações são chamadas de Avatar.
Na escrita, nós autores somos como Brahma e Shiva. Porque como o deus Brahma, nós autores temos que criar um mundo (ás vezes um universo) e tudo o que habita nele e depois como Shiva, devemos destruir a harmonia de nossas criações para que o leitor no papel de Vishnu encarne no protagonista e traga de volta a harmonia. E aí vem o tema que quero tratar hoje, o protagonista da história.

Todo o ser humano tem o que eu chamo de “Síndrome de Vishnu”, porque quando uma história nos seduz nos sentimos tão íntimos do protagonista que acabamos nos identificando tanto com ele que quando ele sofre, nós sofremos e quando ele sai vitorioso, nos sentimos vitoriosos também, inconscientemente encarnamos o protagonista e muitas vezes outros personagens da história. E o protagonista é o personagem mais importante de uma história porque ele é o elo que liga o leitor a própria história e autor a idéia por trás da história e o que dar a razão para os outros personagens existirem. E desde o primeiro dia da época “Em que os Homens dominam a Terra” as histórias usam os mesmos arquétipos que todos nós somos em certos momentos da vida e é a esses arquétipos que devemos recorrer na hora de compor nossos personagens e na hora de criar o personagem principal devemos ter em mente apenas duas coisas, primeiro a idéia que nos fez criar a história e segundo e não menos importante, o público alvo, porque ao criar o protagonista estamos criando o avatar que o leitor irá encarnar.
Por isso consulte os protagonistas e personagens que na qual você se identificou de uma história que tenha o mesmo público alvo que o seu e estude bem esse personagem, procure o que ele tem de comum com o seu público, daí você terá a essência do personagem. Lembro que eu não estou sugerindo que você plagie um personagem, estou sugerindo que você o pegue a essência dele para transformar uma essência em outro personagem. É como aquela filosofia que os professores de química e física viviam repetindo para gente “Nada se cria, tudo se transforma” e saiba que até a mais original história que você leu seguiu esse conceito, uma vez que histórias são universais (eu vivo repetindo isso).
Lembre-se que independente do seu personagem for um herói, anti-herói, herói trágico, ou seja lá que arquétipo você escolher, ele será a encarnação do leitor.

Comente abaixo o seu método na hora de compor o protagonista. E em breve irei postarei mais sobre o assunto.

Eu nao li tudo, mas podia me dizer tipo, eu tenho idéias a todo momento, o q isso é chamado?

Uai, acho que se trata de inspiração, inspiração é algo difícil de explicar, mas é basicamente um reflexo que conceitos e idéias que absorvemos ou então quando estamos apaixonados ou alguma coisa muito boa aconteceu conosco. O sentimento de inspiração é tão poderoso que as religiões dizem ser algo divino como um "Toque de Deus" ou benção das Divinas Musas. Inspiração é um dos melhores sentimentos que podemos sentir na hora de criar. Por isso anote todas essas idéias e guarde-as para você revê-las em momento em que estiver mais calmo, porque nessas ideais podem esta uma ou várias grandes histórias esperando para serem escritas.

Unicos persos q me envolvi mesmo foram de Beck, e death note, eyeshield 21, só esses

Roteiro bom, mas Crybbon, se tem uma preguiça de ler hein AHEEHIAAHEuhau

Flame, eu aposto que você já se identificou com outros personagens, mesmo que minimamente, digo isso porque parte do que torna uma história uma boa historia é o fato de que nos importamos com os personagens da obra.
E Nagareboshi isso era para ser um tutorial e não um roteiro... No próximo serei mais técnico.

mto bom manolo gostei mto mesmo \o/ vc eh sinistro
e kra eu sempre me identifiko com os persons principais d algum mangá hauhauhauaauhauh

sinistro?... Hã... Obrigado ^^'
eu tbm me identifico com vários personagens e geralmente são os protagonistas mesmos, mas isso acontece em qualquer mídia.

Eu escrevi errado.

Ah tá... Achei que você estava sendo ironico ^^
Mas de qualquer jeito tentarei ser mais tecnico e colocar exemplos famosos, que é algo que estou esquecendo e é bom colocar.

Vlw pela explication La ruina, e ainda diz q é dificil explicar o q é inspiração.E nagare, né preguiça não, é um forte apreço por não fazer algo q não queira.Expliquei direito? hehe.

muito bom o tuto la ruina! eu costumo escolher um arquétipo e a partir de outros personagens que eu conheci que se encaixavam nesse arquétipo eu crio o protagonista. É um método muito sistemático e eficiente.